O que será abordado neste artigo?
• O que é diabetes?
• Como é feito o diagnóstico?
• Quais os principais sinais e sintomas?
• Quais os fatores de risco associados ao Diabetes?
• Como tratar o Diabetes?
• Quais os riscos de não tratar o Diabetes?
Hoje vamos responder todas essas e mais algumas perguntas para você!
O Diabetes é uma doença crônica na qual o corpo não produz insulina ou não consegue empregar adequadamente o hormônio que produz. Quando falamos que uma pessoa é diabética, estamos dizendo que ela faz parte de um grupo de indivíduos que possuem DCNT – doenças crônicas não transmissíveis, ou seja, doenças de progressão lenta e de longa duração que comprometem significativamente a saúde e a qualidade de vida dos indivíduos.
Os brasileiros são, segundo dados recentes do International Diabetes Federation (IDF), a quarta população com maior número de diabéticos do mundo. Hoje, o diabetes já atinge cerca de 12,5 milhões de brasileiros.
Mas afinal, qual a origem do Diabetes?
O pâncreas é o órgão do nosso corpo responsável pela produção de insulina, que é o hormônio que controla a quantidade de glicose no sangue e garante energia para o nosso organismo. Quando há uma produção insuficiente ou uma má absorção dela, surge um quadro de excesso de glicose no sangue, originando o Diabetes.
Existem 3 principais tipos de Diabetes:
Quando uma pessoa é diagnosticada com diabetes tipo 1, o seu pâncreas produz pouca ou nenhuma insulina, de modo que a glicose, que deveria ser controlada por esse hormônio, fica “solta” no sangue caracterizando uma hiperglicemia, ao invés de ser transportada para o interior das células onde seria transformada em energia. Esse quadro costuma aparecer na infância ou adolescência, mas também pode ser diagnosticado em adultos.
Nesse cenário, a DM II surge quando o nosso corpo não consegue usar adequadamente a insulina que produz; ou não produz hormônio suficiente para controlar a taxa de glicemia no sangue. Isso acontece pois a quantidade de glicose é tanta, que a insulina não dá conta de colocar essas partículas de glicose dentro das células para transformá-las em energia.
Seu diagnóstico é mais frequente em adultos e hoje, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes, já ocupa 90% dos casos de diabetes no Brasil.
Durante a gravidez as mulheres acabam passando por algumas mudanças. Devido a elevação de alguns hormônios, a resistência à ação da insulina é induzida, fazendo com que o pâncreas aumente a produção da mesma para compensar este quadro.
Em alguns casos, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de açúcar no sangue. O recomendado é que todas as gestantes, a partir do 6º mês, realizem testes para saber como estão seus níveis em jejum e, principalmente, como a glicemia fica após a ingestão de glicose. Existem alguns fatores de risco que podem induzir o diagnóstico: idade materna avançada; sobrepeso, obesidade ou ganho excessivo de peso na gravidez atual; história familiar de diabetes em parentes de primeiro grau; crescimento fetal excessivo, hipertensão ou pré-eclâmpsia na gravidez atual.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico da doença pode ser feito através da realização de 3 exames:
• Glicemia de Jejum: mede o nível de açúcar no seu sangue no momento do exame;
• Hemoglobina glicada; mede o nível de açúcar dentro dos nossos glóbulos vermelhos, analisando em um único exame a média glicêmica dos últimos 3 meses;
• Curva glicêmica: mede a velocidade com que o corpo absorve o açúcar antes e 2 horas após a ingestão de um xarope com alta concentração de glicose. Essa medição é feita através de coletas de amostras de sangue em intervalos de aproximadamente 30 minutos ou de acordo com a prescrição médica. Com esse exame o médico poderá avaliar como o organismo funciona frente a elevadas concentrações de glicose.
Considerando as diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (SDB), temos que os valores desses exames, para um possível diagnóstico de Diabetes são os seguintes
Já para o diagnóstico de Diabetes gestacional temos
Quais os fatores de risco associados ao Diabetes?
O diabetes é uma comorbidade crônica que merece muita atenção e cuidado em todos os casos, mas existem também os fatores de risco que podem facilitar o desenvolvimento da doença:
• Pré-diabetes;
• História familiar de DM;
• Sedentarismo;
• Obesidade;
• Mulheres com diagnóstico prévio de Diabetes gestacional;
• História de doença cardiovascular;
• Hipertensão;
• Níveis altos de triglicérides e colesterol;
• Síndrome de ovários policísticos;
• Idade acima dos 45 anos;
• Estresse emocional.
Quais são os principais sinais e sintomas do Diabetes?
Muitas vezes o Diabetes não apresenta sintomas, entretanto, existem alguns indícios clássicos que são característicos do início dessa doença crônica. Alguns exemplos são:
• Aumento de apetite;
• Perda de peso, mesmo diante do aumento de apetite – com maior frequência no DM1;
• Excesso de sede;
• Aumento da frequência urinária – eventualmente, tendo que levantar frequentemente no período da noite para urinar;
• Alterações visuais – visão embaçada e turva;
• Cansaço;
• Infecções frequentes.
Como devo tratar o Diabetes?
O Diabetes têm seu tratamento comumente prescrito por um médico Endocrinologista ou Clínico Geral e tem como intuito controlar o nível de glicose no sangue. Esses tratamentos podem envolver:
• Insulinoterapia – terapia de reposição da insulina,
• Medicamentos hipoglicemiantes;
• Planejamento e controle na alimentação;
• Perda de peso e de gordura corporal;
• Prática de atividades físicas.
O que pode acontecer se eu não tratar o Diabetes?
O diabetes pode aumentar o risco de doenças vasculares e do coração, além de ocasionar outros graves problemas de saúde, que podem ser evitados e controlados se a glicose for mantida em um nível saudável. Conheça algumas complicações:
• Nefropatia: complicação ou lesão no rim;
• Infarto do miocárdio:falta de irrigação cardíaca no músculo do coração;
• Acidente vascular cerebral (AVC): derrame no cérebro, causado pela falta de oxigênio na região;
• Problemas nos olhos: Glaucoma, Catarata e Retinopatia;
• Problemas de pele: pele seca, coceira, infecções por fungos e bactérias;
• Infecções;
• Neuropatia diabética: condição que afeta os nervos, causando perda de sensibilidade e atrofia muscular, principalmente em mãos e pés;
• Pé diabético: feridas (úlcera) no pé agravada por uma infecção;
• Amputações de membros: principalmente amputação de pés.
Vale ressaltar que, quanto antes o paciente for diagnosticado, maiores são as chances de se alcançar o sucesso do tratamento. Por isso, fique atento aos sintomas pois qualquer complicação impacta diretamente na qualidade de vida do portador da doença.
O acompanhamento de um profissional é fundamental para o tratamento do Diabetes, pois só dessa forma será possível ter maior controle sobre a doença e alcançar uma melhor qualidade de vida. Além disso, com o apoio médico é possível realizar a mudança de hábitos de forma saudável e segura, sem comprometer a saúde em nenhuma fase.
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Para saber mais sobre Diabetes, acompanhe os nossos próximos posts!